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Abro mão da miséria lunática social, para nutrir-me da essência regada pela fantasmagórica poetização mundial, ainda que seja criada apenas por mim.
Interiorana do Estado de São Paulo, faço do meu nicho social, minha revolução.

Kim Walachai

Um café, uma xícara e Eu.

"A EXISTÊNCIA CARACTERIZA O REAL... MAS O SURREAL, NÃO ANULA O QUE DE FATO EXISTE!"

domingo, 20 de março de 2011

Louise Valentina



Texto de Alexandre Werneck sobre LOUISE VALENTINA

Sobre o feminino que escorre por entre os dedos e como tê-lo nas mãos: ‘Louise/Valentina’
Há um momento em que Louise/Valentina se divide em dois, momento em que, no palco, após ocultar-se atrás do cenário, Louise Brooks, a atriz-dançarina da era de ouro do cinema mudo de Hollywood, se transforma em Valentina, a personagem-fetiche dos quadrinhos sensual-aventureiros do italiano Guido Crepax. A marca dessa transformação é assinalada com uma mudança de voz de Simone Spoladore, que passa a falar de maneira propositalmente artificial e a lançar declarações um tanto doidivanas – ela chega a cantar (!), um tanto esnobe, ao descobrir um microfone, denunciado pela emulação de quadrinhos assumida pelo cenário. É também assinalada por uma mudança de trejeitos, já que a mulher de papel é de gestos expansivos e de um estilo mais serelepe, mais “travesso” que Louise. Uma mulher, ali, torna-se outra.

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