!


Abro mão da miséria lunática social, para nutrir-me da essência regada pela fantasmagórica poetização mundial, ainda que seja criada apenas por mim.
Interiorana do Estado de São Paulo, faço do meu nicho social, minha revolução.

Kim Walachai

Um café, uma xícara e Eu.

"A EXISTÊNCIA CARACTERIZA O REAL... MAS O SURREAL, NÃO ANULA O QUE DE FATO EXISTE!"

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sempre muito tarde


É sempre tarde! Sempre, sempre, muito tarde!
É quando o Sol já se pôs.
Quando o céu já escureceu.
É na chegada do inverno.
É depois que as folhas caíram ao chão, de tão secas.

Sempre, muito, muito tarde!
Depois do rio de lágrimas.
Após a maratona de sentimentos enfurercidos.
Tarde!

Quando não se ouve mais latidos.
Quando as luzes se apagam.
Quando ninguém é de ninguém.
Quando todo mundo grita!
Quando se fere!
Quando dói!
Quando faz doer!

Sempre muito tarde!

Reclama-se!
Num clamor doloroso de se ouvir.
Meio verdadeiro, meio crocodilo.
Amargo e solitário.
Medo e ainda assim, muito tarde!

Arrepende-se, tortura e chora!
Tarde!
Ainda é muito tarde!

Se dá conta de que não se tem, por conta de não controlar o que se pode ser.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Indiferença


Passa por cima, finge passar.
Sombra da noite, assombra o passado.
Ignora o futuro, faz pouco caso do presente.
Revela descaso, fome, frio, doente e doenças.
Sorri, destrata, maltrata, contrata.
Inventa a solidão, quer ser só, ilusão.
Cria amores, dores, aflições irracionais.
Ignorância dos mortais.
Nuvem negra, maldita e mentirosa!
Irracional, descontente, cega.
Duelo contra o mal e o mal.
Covardia descarada!
Medo, medo e mais medo.
Foge, fode, fode!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Lembrar é ácido!


Ser sublime que ultrapassa esferas e resgata momentos históricos.
Não se trata de uma pessoa, mas sim de todas as poesias.
Não se trata de um único lugar, mas de todos os esconderijos.
Nem mesmo de pequenos anseios, mas de um furacão de ironias.


LEMBRAR É ÁCIDO!


Define o passado, ainda que não tenha ficado pra trás.
Resume o estado de espírito do presente, aflito e nostálgico.
Retorce e revigora a mente, desejando esquecer, sem que se esqueça!


LEMBRAR É ÁCIDO!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A verdade

A única visão que tenho daqui de dentro.
A verdade é que todo mundo julga sem saber!
Ninguém quer entender as dificuldades, as dores que é, estar aqui, onde estou e como estou.
Não quero piedade, quis sabedoria e ninguém me ajudou!
Será que alguém tem ideia do que é, estar presa dentro de si?
Pior, estar presa contra vontade, num lugar que não é seu?
Não poder sair ao encontro de amigos, nem rever quem se ama?
Será que alguém entende?
ENTENDE?
Tenho de criar motivos pra ver o dia lá fora.
Se for pelas razões de meu pai, vivo presa, olhando tudo apenas pela janela.
Será que alguém entende esse sofrimento?
Será que alguém pensa em mim, quando eu estou chorando no meu quarto sozinha?
Será que agora alguém entende, porque tudo está tão difícil pra mim?
Tem alguém ai que pode me ajudar?
Tem alguém ouvindo meu grito de socorro?


NÃO AGUENTO MAIS!
ENTÃO NÃO ME JULGUE, PORQUE VOCÊ NÃO ENTENDE!

domingo, 5 de junho de 2011

Janela do 5º andar


O horizonte é tão além do que se pode ver!
Ultrapassa o deserto, corre rios e lagos, desagua em mares.
A chuva chove e faz nascer a correnteza, enquanto as lágrimas, criam histórias!
O céu por sua vez, anima ou entristece os dias.
Nós, passamos feito formigas, uns pelos outros, sem reparar nos cabelos e nas cores.
Nada calculado, mas sempre incoerente, afastado e tratado com descaso!
Povo desavisado! É assim que podemos ser vistos, ou denominados.
Confesso, que por trás de cada sorriso, procuro uma poesia.
Cada olhar, fotografa e mapeia a linha do tempo, que nem sempre é cronológica.
Medo se cria, se fomenta e se destrói.
A gente entorta as pernas e enrola a língua.
Ficamos cegos, proliferando incertezas e desafetos!
Somos tão sós e fugimos cada vez mais de nós.
Queremos todos e não queremos ninguém!
Seres confusos, malditos, que secam feridas e maltratam esperanças.
A dor da cura não passa!
A dor não cura!
Todo mundo cai de uma janela do 5º andar.
Nem todo mundo levanta!
Mas todo mundo tenta!

Kim Walachai

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Inspira(dor)



O dia tá cinza hoje!
Ou será só minha janela que acordou nesse tom seco, junção incoerente do preto com o branco?


A trilha sonora do meu dia, começou a nascer ontem, no final da tarde.
A noite inteira se estendeu e lágrimas visíveis somente a mim, caíram sobre meu lençol.
Fiz carinho naquela cabeça pequena e aveludada.
No meu ursinho encantando, todo branco!


Nossa, como tá tudo cinza aqui!
Nem tenho morangos pra alegrar meu dia.
Também não tenho margaridas, nem um macacão listrado, todo colorido.
Sinto que o dia se abriu pra mim, mas não quer sorrir!
Pode ser uma tristeza interna, só minha, aí o dia tira proveito disso!


Tudo meio esfumaçado por aqui.
Nem choro tem mais!
Aliás, queria chorar, mas evito!
Tanta gente sem um sorriso no rosto e Eu que tenho tantos, querendo chorar?
Injusto e feio!
Não vou chorar!


Mas que o dia tá cinza hoje, isso está!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Histórias



Que fique claro: a vida não cobra nada da gente.
Somos nós, quem cobramos da vida sempre, o tempo todo!
Talvez, esse seja meu último poema.
Diferente daquele que achei que fosse o último romance, isso é privilégio só do Marcelo Camelo.
Acima dos olhos, só os céus, meu violão e um amor.
É o rio que desagua todos os dias no meu conflituoso oceano.


sábado, 21 de maio de 2011

Você que pode ser muita gente!


Não deposite sua fé em mim, sou de carne e muito osso!
Não perca seu tempo, nas palavras que escrevo ou no som que sussurro!
Não se iluda, criando uma perspectiva inexistente!

Ei, você!
Você que pode ser muita gente!
Você que tem muitas cores e sabores.
Ei, você!

Passe por mim e não pare!
Me encanto também por quem não me dá bola!
Me ignore!
Me questione, odeio quem concorda comigo o tempo todo!

Ei, você!
Você que deve ser tanta gente!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ao cair da árvore



Preciso ir e quando voltar, não quero encontrar vestígios de ninguém!
Quero somar! Trazer pra dentro, o que de fora eu pude roubar.
Buscar de longe, novas metas.
Resgatar sonhos e cruzar com novas e velhas histórias.
Cantar sorrisos e me encantar com poesias.
Decifrar retratos, desenhar nas nuvens e soletrar estrelas.
Saltar lagos cobertos por folhas secas.
Ouvir o som do mar, perto do concreto.
Colorir o preto e branco feito nos prédios.
Rabiscar a intuição e esboçar os desejos.
Cantarolar versos, só pra encorajar almas.
Acariciar meu ego, com o afrouxamento que a vida permite.
Circular jornais, sem pretensão alguma, só pelo prazer de circular!
Criar gestos, sendo todos incompletos.
Massagear a escuridão, pra quando amanhecer, surgir um novo dia.
Assim Eu vou, pra talvez voltar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lendo como grito!


Tira o corpo fora.
Fica nua, nu, preto e branco.
Toca, reclama, amacia, cheira, sente!
Pisca, fecha e abre vagarosamente.

Chora, chora mais!
Agora respira fundo, alivia a alma e prende!
Estende a mão, gira os olhos e abraça.
Maqueia, sorri, finge, finge menos, beija!

Troca de novo!
Passa, volta!
Deita, sente, sente, mente!
Deseja, conquista, flerta, não entende.

Homem, mulher, gente!
Gente que pensa na gente.
Mente, não sente, sente!
Troca!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Nostalgia



Estranho o sabor amargo que fica entre a boca e o estômago. Um misto de saliva e lágrimas, de um tempo que o vento levou pra baixo das folhas secas. Meio esquecidas, jamais perdidas! Saudosa lembrança corrompida pela dor do desapego. Pior quando não se quer deixar ir, mas se vai.


Será o tempo que ficou pra trás?
Lembranças que perturbam e congestionam a mente?
Coração torto, batendo em direções opostas?
Sentimentos limitados, aguçados, desejando o que já se viveu?


NOSTALGIA!


Corta o imaginário e vai até o bem comum real.
Parte significativa pra continuar seguindo o caminho que há pra se escolher.
Memórias saudosas, dolorosas, impacientes...
Dor, desilusão, mágoas, alegrias, prazeres...
... PASSADO?!


NOSTALGIA!


Corda bamba entre um rio desaguado e a próxima queda d'água.
Ligeira sensação de restauração...
Consignação!


Solidão...


Relaxa! Isso passa, volta e precisa continuar!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Andrea Doria -- Renato Russo


Às vezes parecia que, de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo,
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro.
Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente,
Quase parecendo te ferir.
Não queria te ver assim -
Quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada.
Às vezes parecia que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto,
Até chegar o dia em que tentamos ter demais,
Vendendo fácil o que não tinha preço.
Eu sei - é tudo sem sentido.
Quero ter alguém com quem conversar,
Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim.
Nada mais vai me ferir.
É que já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei.
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais,
Como sei que tens também...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Não sei dizer... nem entender...


"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

"Tira seu tempo comigo por um tempo?"

Certas Coisas


Não quero ir pra lugar algum, além daquele que já fui.
Ao mesmo tempo, quero descobrir grandes tesouros, novos mares.
São tantos anseios em um só corpo, que não me permite agir com maior elasticidade.
Tem ainda o medo, que retrai, contrai e esmaga meus sonhos.

Quero tanto provar do veneno doce, quando ainda tenho na boca o gosto amargo do último veneno que provei.
Não me esqueço das dores devido as contrações. Mas Eu sou assim, curiosa!
Não sei explicar...

"A vida é cheia dessas coisas que não se pode entender. Tem tanta coisa nessa vida que não se deve entender..."

Vida...

Desejo.
Medo.
Rascunho.
Teatro.
Sonho.
Ilusão.
Amor?
-- Não --

Vida...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Morreu


Hoje acordei sangrando!
Não dói, mas sangra bastante!
Sonhei com um olhar desconhecido e um sorriso entre as ruínas do meu querer e do proibido.
Sendo assim, resolvi matar!

Declaro que a partir deste momento, mato Jorge, mato Maria, mato Lúcio, mato Tereza, mato até quem não lembro que devo matar!
Ah! Mato também a moça que já morreu!

Mato a memória, a lembrança, seja o nome que tiver de ser!
Mato a angústia, o desejo, o medo, o repouso longo, mato tudo que me agonia!
Mato ainda, a tristeza, mato a ira e mato o desconforto!

Acho que agora posso dormir em paz e deixar de sonhar com o que não me pertence!
Matei até o que não era meu, mas se posso matar, Eu mato!

Não é extinto assassino, é rebelião mesmo!
É o desejo de gritar que não quero mais essa confusão.
Que agora todos saibam, que tudo que nascerá de mim, morrerá de mim!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um amor e um vinho virando vinagre.





"Já começou?
1,2,3... testando!
O meu ponto de vista é vago e tão distante, do real definido como concreto.
Entendeu? Explico de novo!
Ouço, não vejo, busco entender, o que não é o mesmo, daquilo que querem que Eu entenda!
Tão fácil né? [...] Não!
'Coisificando' as estruturas de quem ainda vive, posso dizer que desejo matar!
A ira, não pertence a mim e sim as antigas personagens, das quais Eu mesma desconheço.
Sendo assim, diante de tantas especulações, resolvi criar algumas situações.
Bora lá?"

Ela olha da janela, como se esperasse alguém chegar de muito longe.
A pessoa que Ela tanto espera está morta, mas Ela ainda não sabe.
Já preparou o vinho e os dois copos que comprou no mercadinho ao lado.
Espera com um brilho no olhar, que diga-se de passagem é tão atraente!
O telefone não toca, a TV está quebrada e Ela não usa o computador.
Enquanto aguarda, fica lendo as velhas cartas que recebeu há um certo tempo.
Está esfriando na varanda, melhor fechar a janela, mas Ela não fecha!
Suas esperanças são tão agudas, que Ela não se dá conta de como tudo isso é perigoso!
Sim, perigoso!


Uma moça, tão jovem como Ela, na janela de sua casa pequena e fria.
Tão solitária à espera de quem já morreu.
Tudo bem que Ela ainda não sabe disso, mas a outra pessoa está morta!
Ligou o rádio e bebeu mais um pouco daquele vinho, que por sinal está ficando quente.
A boca e a língua massageiam o líquido, criando um espetáculo único ao paladar.
Ah! Ela está só de camisola...
Tão bela menina, mas tão confusa e solitária.
A outra pessoa não liga, ninguém mais dá sinal de vida e mil e uma outras pessoas circulam pelas ruas.
Ela está preocupada! Nem tanto com a outra pessoa, mas sim com o que Ela sente por Ela mesma.
Não é egoísmo, é vida real!


Bebe mais um pouco do vinho, já meio frio, meio quente.
Se aquece com uma manta que estava no sofá.
Olha 'pras' horas, como se o relógio fosse falar.
Se movimenta em direções opostas, é um rio de sentimentos e ilusões.
Ela está só!
Vejo Ela aqui de fora, sinto sua tristeza e não posso tocar.
Alguém está a sua porta, ouço passos.
Ela finge não saber e aumenta o volume do rádio.

A pessoa que Ela tanta deseja, já morreu...
E agora Ela está só, mas Ela não sabe.
A garrafa de vinho, está menos da metade do que deveria estar.
Sua manta, está caindo dos seus ombros, junto às suas lágrimas que escorrem do seu rosto pálido.
Tenho medo por Ela...
Suas pernas estão bambas e o mundo começa a girar.
Ela não fuma, mas acendeu um cigarro hoje.
Ela vai cair...
Poderia ir pra cama, mas insiste em esperar.
Olha as luzes da cidade e não enxerga ninguém, além Dela na varanda.

Seu cabelo fedendo cigarro, se entrega ao vento.
Suas mãos geladas pegam o copo, enquanto a boca saliva a última gota do vinho.
O mundo está ficando escuro, o céu já não é mais só o que está acima dos olhos.
Atenção! O telefone tocou!
SILÊNCIO!
Chama, chama, mas Ela não pode mais atender.
Aquela linda mulher, está estirada na calçada.
Deitada em seu próprio sangue com a cor de vinho.
Não pode ouvir o telefone tocar, nem ouvirá a notícia que tanto esperava.

Secretária eletrônica atende:
"Oi, desculpe ligar assim. Você nem sabe quem Eu sou.
Tenho avistado você ultimamente, mas nunca nos falamos.
A situação é a seguinte, sabe aquela moça que costuma beber vinho com você em sua varanda?
Então, sinto lhe dizer, que estávamos na mesma estrada, vindo pra cidade. O carro Dela estava na frente do meu. De repente, ouvi um barulho, foi tudo muito rápido! Um caminhão, arrastou o veículo Dela com muita força. Só deu tempo de te ligar e dizer que Ela está morta! Sinto muito! Até logo!"

sábado, 30 de abril de 2011

Tereza, sem 'h'



A saia branca rodada, indica festa na avenida.
Os bordados na borda de cada vestido Dela, são coloridos por demais!
O cabelo solto e todo cacheado, é sinal de que veio pra conquistar.
Aquela flor no topo da orelha e testa, é um charme só Dela, pra enriquecer o visual.
Ela?
Ela é Tereza!

Meio loura, meio parda, toda negra. Verdade seja dita: Tereza é uma linda mulher!
Canta e encanta a cada dois passos, passados pelas ruas daquele Sertão.
Carrega a criança no peito, sem medo de estirar-se ao chão.
Chega na roda, toda rodada, inventa alguns outros passos e sorri de montão.
Ela?
Ela é Tereza!

Os moços mascarados pelas rugas do tempo, apreciam suas pernas.
O sol do meio-dia ao dia inteiro, sorri pra Tereza.
Fazendo um agrado, a moça se agita e retribui com sua beleza.
Ela?
Ela é Tereza!

A música ao fundo, grita e compartilha da sua felicidade com Tereza...

Ela?
É muita Tereza!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

-- Jorge --



"- Moço que horas são?
- Passa das dez!
- Então falta muito "pra mim"... obrigado!"
...

O nome Dele é Jorge.
Jorge é inquieto, curioso, confesso que até meio suspeito.
É engraçado, engraçado por demais!
Vivo rindo com Jorge. Não da cara Dele, mas com Ele!

Jorge gosta de muita gente!
Por exemplo, gosta do Lúcio, do João e da Maria.
O problema de Jorge, é que Ele não ama ninguém!
Se ama, Ele finge, esconde ou me engana muito bem!
Jorge é "marqueteiro" e tem uma lábia infinita pra conquista.

Maria por sua vez, é danada!
Ela sabe que Jorge gosta Dela, mas também sabe que Ela não amaria Jorge.
Sendo assim, Jorge não ama Maria, mas sonha com as pernas Dela.
Ah! Mas Maria namora e o namorado Dela, sabe de Jorge.
Mas disfarça muito bem....

Ai tem o João.
Jorge diz não amar João, mas confessa que fica com Ele às vezes!
João diz não amar Jorge, mas joga esse jogo como ninguém!
Talvez, João só não queira que Jorge saiba, o quanto Ele o ama.
Ou talvez, Jorge não queira que João o ame!
Mas às vezes, Eles brincam juntos!
E jogam muito bem!

Jorge ainda gosta de Lúcio.
Lúcio é o que menos entende Jorge.
Na verdade nem Eu entendo!
Jorge queria namorar o Lúcio, mas o Lúcio não sabe disso!
Talvez até saiba, mas finge não saber.
Lúcio é o mais 'ausente', por mais presente que seja!
Fato é, que Jorge é tímido e Lúcio também, assim, ninguém faz por onde.

E tem mais!
Jorge tem um ex- paquera.
O Lucas, que inferniza a vida de Jorge e acha que Ele namora o Lúcio!

OLHA QUE DOIDEIRA!

Jorge não ama ninguém, mas tem todo mundo!
Jorge gosta de todos, mas não é de ninguém!
Ou será que Jorge não tem ninguém e ama à todos?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conto para Sophia

Moça na janela, Salvador Dali

Entrava e entra pela porta dos fundos.
Como quem se esquece de que o silêncio pode ser tão agudo quanto o grito.
E com os olhos amargurados movidos pelo vento, Ela se desfaz!
Ela seduz e se reduz a pó!
É um vão da porta, uma brisa das árvores, um canto maldito!
Ela caminha, vagarosamente e trêmula. Ela liga e desliga os versos de sua mente.
Está só de passagem, mas nunca passa!
É um arco-íris, que move aquelas montanhas que Ela tanto gosta.
Sophia olha pela janela, o que por direito é Dela, mas não está lá fora!
Sophia erra!
Ela sangra agora, como quem olhasse pra si, sem se ver.
Dói, mas Ela não chora. Aliás, Ela se arrepia.
Sophia, boneca Sophia.
Meio cera, meio parafina, meio segredo e muita verdade e muito anseio.
Só Sophia!

domingo, 17 de abril de 2011

Domingo(s).


Saudade da boca amargando com o sabor enérgico do café preto.
Foram tantos cigarros entre os dedos e a boca, que não se mede mais o tempo e espaço.
Sem contar as mobílias espalhadas pelo quarto, sem nada sair do lugar!
E ainda o canto indecente chorado e preso na garganta durante mil e uma madrugadas.

Hoje é domingo, que merda!

Ouço vozes e passos, que mal me deixam escrever!

Odeio os domingos!

Sinto falta da minha rata, a Loren, lembra?
Falta... sinto Ela longe daqui.
Tenho a Outra, aliás As Outras!
Amo tanto!
Falo de quem está comigo o tempo todo/quase e sempre!
Lassie, claro que é dela que falo!
Quem seria?
Ah! Tem minha musa, minha companheira (não preciso nomear), fica guardada no meu peito.
Ela sabe que é ela, não é meu amor?
Então...

Domingo!

Até quando chove, é quente feito o inferno!
E quando faz calor, o dia parece morrer!
Credo! Domingo(s).

Não! Na verdade não odeio os domingos.
Só não gosto tanto, quanto os outros dias.
Sei lá, não gosto muito!

Hoje é domingo.
A TV poderia parar de funcionar!
Telefones não deveriam tocar, aliás, só quando fosse um convite, ai sim!
Domingo é tedioso!

Mas são apenas domingos...

Hoje, hoje é domingo.

sábado, 9 de abril de 2011

É um ciclo -- Eu sei -- mas e daí?

Frágil
É um medo, uma vontade de existir ainda mais!
Este tal lance de morrer é tão preciso, mas tão chato!
Corta todo o barato de continuar correndo atrás do que se deseja...
É um ciclo -- Eu sei -- mas e daí?
Não ligo pra ciclos!
Quase sempre eu desalinho tudo mesmo e vou contra as moralidades.
Mas da morte nem mesmo Eu posso fugir.
Já me mataram mil vezes e ainda estou aqui.
Que sorte a minha!
Mas uma hora eu morro mesmo!
Morro, porque tenho de morrer...
É um ciclo -- Eu sei -- mas e daí?
Tenho ódio toda vez que fico pensando nisso...
... coisa de morte, sabe?
Que raiva!
Deveríamos apenas viver e na hora da morte, nem saber que estamos morrendo.
Sei lá, coisa chata isso!
Não gosto, desculpe se você é mais um desses que curte as teorias de que...
"É um ciclo".
É um ciclo -- Eu sei -- mas e daí?

*É egoísmo nossa vida estar na mão de 'alguém'.
É um ciclo -- Eu sei -- mas e daí?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

-- Minha branca preferida --

Cheiro de alecrim 
Passei por acaso nos vestígios da minha branca predileta!
Tem quem vai até achar estranho e eu nem ligo!
É porque gosto dessa branquela!
Ela me entende, chora por mim e comigo, é uma flor!
Amiga... sim essa é amiga!
Segurou meu tombo e me guiou até lá...
Me amou, me riu, riu de mim, comigo e deve até ter me odiado.
Como eu gosto, sinto saudades e a gente mal se vê.

Haha! Olha a gente ai, curtindo um som!
Eita branquela saudável, louca e toda satisfeita!
Ela tem mil amores e dentre eles eu!
Não é amor assim não queridinha, é amor maior!
Ela até entende quando eu falo: " hoje não dá, fica pra próxima ok? "
Ela sempre sorri e diz: " Tá né, mas na próxima você vai! "
E eu sempre/quase nunca vou!
Só lembro dela repetir incansavelmente: " Kim deixa rolar, vamos curtir!"
Ela sempre me diz isso!
Branquela preferida, é ela... minha amiga!

Dani Dominique falando da Kim:


"Estava eu, caminhando em direção a Banca do Campolim, quando escuto alguém me chamar... Olho pra trás e lá está ela. Esta criatura que aparece e desaparece na minha vida, assim, do nada. E dessa vez, estava tudo igual e diferente ao mesmo tempo. Onde está aquela boêmia que vagava pela noite, naquela bagunça do campolim? Mas ainda é uma pessoa que me encanta e me fazia morrer de saudades... Mesmo com a garganta ferrada, sua voz é incrível e foi ótimo poder ouvi-la pelo restinho de tarde. Estava com saudades mesmo, gosto da sua companhia."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cometendo "Sincericídio"


Eis uma tristeza irrevogável, que atinge e assola a minha mente e coração.
É uma disputa entre o "certo e o errado", onde o que vale mesmo, é ser coerente!
Há até uma deficiência na honestidade comigo mesma. Sou inconstante, instável e tenho andando, pouco precisa, meio "fora de alcance".
São muitos gestos, inúmeras histórias e milhares de desejos!
É um ritual complexo e nada perfeito! Aliás, é repleto de imperfeições!
Chega a ser um rascunho, muito do sacana! Me acabo nessa sacanagem!
Quanta tortura meu Deus! Que gostoso tudo isso, mas que medo!
Às vezes só imagino, depois desconverso e finjo esquecer.
Não sei quanto tempo vai durar. Não há como saber e confesso que não quero que acabe! É uma sensação boa, sabe?
Sei que é uma negação daquilo que também me faz bem, porém também me faz mal.
Credo! Quanta necessidade de ausência! Tenho tanto, que até sobra! Preciso doar, mas e esse egoísmo que não me deixa?
Acho que vou jogar pela janela um pouco "disso", quem sabe assim, o vento sopre pra longe e faça com que um próximo pássaro se alimente daquilo que é ou apenas nunca foi meu.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

"Inalcançável Você"



E se eu te disser que eu quero aprender a me
Amar e te amar também ao mesmo tempo?
Você teria tempo?
Os seus lugares são belos
Os seus gestos são tão naturais
Boquiaberto me travo
Por me ver a te admirar demais
Eis que fico fraco
Eu inventei o inalcançável você
Tudo se faz tão perverso
Qualquer impulso meu dilui-se no ar
O igual-pra-igual espontâneo
Perde espaço pro desejo de acertar
E quanto mais espero, mais me nego e mais
Me faço afastar
Eu inventei o inalcançável você
Me fiz escravo do meu medo de ser
E agora preciso me permitir
Pra parar de sofrer
E viver o que é belo em mim
Deixar o medo morrer
E ser o que eu posso ser, enfim
Mas se eu te disser que eu quero aprender a
Me amar e te amar também ao mesmo tempo?
Você teria tempo?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Inquiete-se!

Peter Tosh

Movimente-se...

Argumente-se e se?
E então, futuramente [...]

Paralise, não rebobine a fita!
Continue [...]
Sendo que?

Vagarosamente corra, de va gar [...]
[...] ando! De va gan do [...]

Inquiete-se!
Desassossegue o sossego!

Inquiete-se!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Caminho curto pra prolongar histórias



Tem quem conte histórias, como se contasse estrelas.
Talvez pela maneira singular que as estrelas morrem. 
É o processo! 
Aquele caminho curto pra prolongar histórias.
Salivam dizeres, que nunca dizem.
Se ao menos escrevessem [...]
Das peripécias que todos observam,
mas ninguém se arrisca a pegar.
Afinal, somos todos assim:
"Uma passagem do tempo. Meio cá, meio lá."

sábado, 2 de abril de 2011

CCaCCoSS (Bruno De Ramos)


Ele se faz e se desfaz em dizeres.

São versos Dele, Meu, são nossos!

Agradeço ao sorriso sincero,

que tirastes de mim na calada noite de hoje.

Obrigada meu amigo.


Céu de Kim

Passava perto de uma janela certa vez, quando avistei uma poetisa deitada na grama. Ela olhava as suas estrelas do céu noturno com seu violão do lado, algumas folhas rabiscadas na mão, um só lápis e uma caneca que, pelo cheiro, era café preto. Da Janela de poucos dígitos, não a vi rabiscar seu papel, não a vi beber seu café, não a vi tocar uma única corda; porém, deleitei-me ao ler o que a poetisa escreveu com o céu, ela dizia: "Às vezes vejo uma estrela, achando estar lendo um poema. Troco também as cores por canções, quase sempre sussurro versos desenhados no céu"... Foi assim que descobri mais tarde o céu dos poemas; e onde os poetas hão de morar.

(Dedicado a minha grande amiga, poetisa, Kim Walachai ; que tão bem escreveu essa citação em destaque)