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Abro mão da miséria lunática social, para nutrir-me da essência regada pela fantasmagórica poetização mundial, ainda que seja criada apenas por mim.
Interiorana do Estado de São Paulo, faço do meu nicho social, minha revolução.

Kim Walachai

Um café, uma xícara e Eu.

"A EXISTÊNCIA CARACTERIZA O REAL... MAS O SURREAL, NÃO ANULA O QUE DE FATO EXISTE!"

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Boca florida e olhos dançantes.


Ela só tinha alguns poucos anos.
Anos poucos mesmo, mas era muito vivida, sabida de quase tudo.
Seu sonho era apenas sonhar! Sonhava de tudo um pouco,
pouco bastantão, pouco de pouquinho, de saudável, de necessário.
Contava ao mundo seus medos, desejos e aventuras!
Acreditava que pelas fotos, poderia inventar o passado e iludir o futuro.
Ela temia as pessoas, mas argumentava o mundo.
Era inquieta, soberba, nega de tão branca. Solitária e sempre mal acompanhada.
Achava que sua pouca idade era desvantagem.
Depois olhava pro lado e notava o quão era velha.
Ela se mordia de ciúmes de tudo e todos!
Não tinha nada, nem ninguém e ainda sim, queria ter direito, possuir o que nunca teve.
Aquela boca florida só combinava mesmo com seus olhos dançantes, pois eram significativos e só.
Quanta prepotência!
Mas então, um belo dia Ela acorda e percebe que está morta!
Deitou em seu próprio devaneio e se entregou a ilusão.
Morreu, porque quis morrer!
Teve quem lhe estendeu a mão, mas Ela escolheu a solidão.
Essa é a história da "boca florida e olhos dançantes".
Do resto, era só figuração, a vida real era imaginação.

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